domingo, 31 de março de 2013

IBGE: 4T12 registrou aumento de 11% no abate de bovinos, valor mais alto desde 1997

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No quarto trimestre de 2012 (4T12), foram abatidas 8,186 milhões de cabeças de bovinos, configurando novo recorde na série histórica do abate por trimestre. Esse valor atingiu a marca recorde da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, que iniciou em 1997. O recorde anterior foi alcançado no 3º trimestre de 2012, com a marca de 8,053 milhões de cabeças abatidas, uma diferença de 1,7%. Com relação ao mesmo
período do ano passado, houve aumento de 11,1% no 4T12. O Gráfico I.1 mostra que o abate de bovinos no Brasil tem sido crescente nos últimos três trimestres.
No acumulado de 2012, foram abatidas 31,118 milhões de cabeças de bovinos, configurando aumento de 8,0% em relação a 2011 e nova marca recorde na série histórica do abate de bovinos por ano. O recorde anterior havia sido alcançado em 2007, quando foram abatidas 30,713 milhões de cabeças de bovinos.


O peso acumulado de carcaças acompanhou o abate de bovinos, no 4º trimestre de 2012, alcançando nova marca recorde de 1,950 milhão de toneladas (Gráfico I.2). Esse valor foi 1,7% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 11,5% superior ao registrado no mesmo período de 2011. O recorde anterior, assim como o de bovinos abatidos, também foi alcançado no 3º trimestre de 2012, com a marca de 1,918 milhão de toneladas em carcaças de bovinos. Pelo Gráfico I.2 verifica-se, também, que o peso acumulado de carcaças foi crescente nos últimos três trimestres.
Em 2012, o peso acumulado de carcaças também alcançou nova marca recorde de 7,351 milhões de toneladas e aumento de 8,4% frente ao acumulado de 2011. O recorde anterior havia sido alcançado em 2007, com a marca de 7,049 milhões de toneladas de carcaças de bovinos.


Algumas razões colaboraram para os recordes alcançados, como redução dos preços da carne bovina e aumento das exportações. De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), enquanto a carne bovina apresentou decréscimo de preço no acumulado de 2012 (-1,55%), todos os principais concorrentes da carne bovina (Carne de porco; Carne de carneiro; Pescado; Carnes e peixes industrializados; Aves e ovos) tiveram preços aumentados.
Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea o preço médio da arroba bovina no 4T12 foi de R$96,49, ou seja, 3,7% menor que no mesmo período do ano anterior. Os valores mínimo e máximo da arroba também tiveram recuo na mesma análise, variando de R$94,58 a R$98,22 e redução de 2,2% e 8,3%, respectivamente.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação de carne bovina in natura no 4º trimestre de 2012 obteve melhor desempenho com relação ao trimestre anterior e ao 4º trimestre de 2011, tanto em volume como em faturamento (Tabela I.1). O aumento do volume embarcado foi o que garantiu aumento no faturamento no comparativo dos quartos trimestres 2012/2011, tendo em vista que o preço médio das exportações de carne bovina in natura recuou 7,7%.


Rússia (18%), Egito (14%), Venezuela (12%), Hong Kong (9%), Irã (8%), Chile (8%), China (4%), Itália (3%), Líbia (3%) e Arábia Saudita (2%) responderam por 82% das exportações de carne bovina in natura do Brasil.
O aumento de 816.778 cabeças de bovinos, no comparativo do 4º trimestre de 2012 com o mesmo período de do ano anterior, foi promovido pelo abate a mais de 261.070 bois, 220.337 vacas, 139.135 novilhos e 202.490 novilhas. Esses aumentos representaram incrementos da ordem de 6,4%; 9,7%; 23,3% e 46,4%, respectivamente.
Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, nesta ordem, foram as Unidades da Federação que apresentaram maior contribuição absoluta para esses incrementos. Verificou-se que no Estado do Mato Grosso ocorreu incremento no abate das categorias novilho e novilha, estimulada pela maior oferta de animais confinados e mudança de posicionamento no mercado por parte de alguns frigoríficos, que optaram pelo aumento do abate de animais mais jovens em detrimento do abate de bois e vacas, que apresentaram retração de 6,0 e 0,3%, respectivamente (Gráfico I.3).


Quando observada a série histórica da participação de bois e vacas no abate total por trimestre, pode-se verificar que a participação da categoria bois tem decrescido, nos quartos trimestres dos últimos três anos, enquanto a participação das vacas cresceu em relação ao 4º trimestre de 2009, mantendo-se entre 30,0 e 30,9% nos últimos três quartos trimestres (Gráfico I.4).


Apesar da seca que tem assolado parte do Nordeste, o aumento no abate de bovinos da Bahia (20,0%), que possuiu o maior abate de bovinos da Região, superou em números absolutos os decréscimos ocorridos no Maranhão (-7,6%), Ceará (-12,7%) e Pernambuco (-21,2%), no comparativo do 4T12 com o mesmo período do ano anterior. Nesse sentido, todas as grandes Regiões apresentaram aumento da quantidade de bovinos abatidos. O abate de bovinos aumentou 15,5% na Região Centro-Oeste e representa 37,8% do abate nacional. Na Região Sudeste, o incremento foi de 18,1%, o que possibilitou a retomada da segunda maior participação (20,8%), ficando a frente das Regiões Norte (18,4%), Sul (12,9%) e Nordeste (10,1%), que apresentaram incrementos de 1,9; 9,1 e 2,9% do número de cabeças abatidas, respectivamente.
No ranking do abate de bovinos por Unidade da Federação (Gráfico I.5), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, continuaram a ocupar no 4º trimestre de 2012 as mesmas posições ocupadas no 4º trimestre de 2011. Minas Gerais subiu da 7ª posição no ranking para a 5ª posição, ultrapassando o Pará e o Rio Grande do Sul. Parte dessa subida de Minas Gerais frente a estas duas Unidades da Federação pode ser explicada pelo melhor desempenho de Minas Gerais na exportação de carne bovina in natura (Tabela I.2; Secex, 2013).




No 4° trimestre de 2012, participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 1.345 informantes do abate de bovinos. Dentre eles, 209 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 423 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 713 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 77,4%; 16,2% e 6,4% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as Unidades da Federação apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
Fonte: IBGE

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