segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Castanha dá bom lucro a produtores da região Nordeste

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Brasília - Produtores de caju no Nordeste estão tendo boa remuneração na venda da castanha desta safra, com lucro chegando a 21,7% no Ceará, 15,7% no Piauí e 10% no Rio Grande do Norte, de acordo com análise técnica divulgada em novembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O preço do quilo da castanha nos estados mencionados está sendo comercializado por até R$ 1,74, R$ 1,77 e R$ 1,76, respectivamente, acima do preço mínimo, que é de R$ 1,56/kg.
“Essa ocorrência já era esperada devido ao incremento da demanda a partir de outubro, com a maior oferta do produto por conta do aumento da colheita”, avalia Marden Teixeirense, analista de mercado da Conab. “Assim, as indústrias procuram restabelecer os níveis dos seus estoques de passagem para processamento no ano seguinte”, complementa.
 
Condições climáticas entre “boas” e “satisfatórias” têm influenciado bons resultados, após seca. As condições climáticas também ajudaram, principalmente nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, variando entre boas e satisfatórias. De acordo com o analista, nos estados referidos, em média cerca de 30% da nova safra já foram colhidos e comercializados. “Os exportadores acreditam que em 2014 haverá aumento no volume das exportações, uma vez que os EUA, principal importador deste produto, têm sinalizado recuperação da crise econômica e financeira”, explica.

Queda
Neste ano, no entanto, o cenário de exportações, ao menos até agosto, foi negativo. De acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor exportado em castanha de caju despencou 42% entre janeiro e agosto deste ano e o mesmo período de 2012, no Rio Grande do Norte. De janeiro a agosto desse ano, o valor exportado do produto foi de R$ 16,46 milhões, enquanto que no ano passado, considerando-se o mesmo período, o estado vendeu para o mercado externo cerca de R$ 28,82 milhões.

Os números ilustram o que produtores e especialistas já previam: os efeitos da seca impactaram diretamente na produção, culminando inclusive no fechamento da Iracema, que em julho demitiu 450 trabalhadores de sua fábrica em São Paulo do Potengi. “Cajueiros foram cortados para que os produtores pudessem fazer renda e não foi feito replantio de novas mudas”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN, José Vieira, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, em outubro.

A produção nacional de castanha de caju para este ano é estimada pelo IBGE em 257,3 toneladas, com um crescimento de 238,4% sobre 2012, quando chegou a 76 toneladas. 
Fonte: Jornal Tribuna do Norte

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