sexta-feira, 28 de março de 2014

Os desafios de Robinson


Oficializada  hoje a aliança de coalizão costurada  pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), candidato a governador do Rio Grande do Norte, o vice-governador Robinson Faria (PSD), também candidato a sucessão estadual, terá dois desafios pela frente
. O primeiro resistir ao “canto da sereia”, ou seja, de se integrar também ao “guarda-chuva” de partidos com o seu PSD e recuar do velho sonho de um dia ser governador do estado. Pra isso teria a garantia de reeleger o filho deputado federal Fábio Faria e se eleger novamente deputado estadual e quiçá voltar a presidir a Assembleia Legislativa. O segundo, disputar uma eleição sabendo de antemão que vai enfrentar um verdadeiro trator pela frente que contará com um programa eleitoral – Rádio e TV – que não terá menos de 12 minutos.

Numa primeira análise restaria a Robinson Faria, a resistir ao “canto da sereia”, torcer para que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) seja candidata a reeleição. Isto é, se ela não se tornar inelegível devido as acusações de uso do poder político e econômico na eleição municipal de Mossoró, sua terra natal – os processos se encontram ainda sub-júdice tanto no TRE quanto no TSE – e para que o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN) não lhe negue a legenda para disputar novamente o pleito. Não custa lembrar que o DEM, de Agripino, fará parte da sopa de letrinhas da coalizão que dará sustentação política a candidatura de Henrique Alves. Agripino está mais interessado em reeleger o filho deputado federal Felipa Maia, do que propriamente com a manutenção do governo por parte de Rosalba.
E por que digo que Robinson tem que torcer para que Rosalba saia candidata a reeleição? Apesar de ser uma incoerência, já que o vice-governador rompeu com o governo desde o seu início e é um dos maiores críticos da gestão Rosalba, o raciocínio é simples. Se Rosalba sair candidata a reeleição poderá provocar um segundo turno. Não esqueçamos que a máquina administrativa num caso desse é usada sem nenhum escrúpulo. Haja vista a candidatura a reeleição do ex-governador Fernando Freire, lançado candidato três meses antes do pleito e que acabou indo ao segundo turno com Wilma de Faria (PSB). É aí que Robinson Faria pode ser beneficiado. Do contrário, dificilmente sua candidatura não será engolida pelo trator da coalizão de letrinhas.
Contudo, Robinson Faria pode ser beneficiado pelos votos da deputada federal Fátima Bezerra (PT), candidata ao Senado. Difícil um candidato a senador transferir votos para o candidato a governador? Digo que não e o senador-ministro Garibaldi Alves Filho (PMDB) está aí para provar isso. Foram os votos dele que levaram a atual governadora Rosalba Ciarlini a se eleger somados aos dela, claro. E é nisso que o PT também aposta para sacudir a candidatura de Robinson Faria, que pelo o que falam só tem votos no Agreste.
Como se observa, caro leitor, Robinson Faria ao retornar dos Estados Unidos estará diante de um grande dilema: Ser ou não ser candidato a governador. Eís a questão!
A conferir!

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