Produtores,
consultores, técnicos e políticos da região do semiárido lotaram o Plenário
Cortez Pereira em audiência pública para discutir a cadeia produtiva do queijo
artesanal no Rio Grande do Norte. O debate foi proposto pelo deputado estadual
Hermano Morais (PMDB), e contou ainda com a colaboração e sugestões
de Fernando
Mineiro (PT) e Gustavo Fernandes (PMDB).
“O
queijo artesanal integra uma importante característica histórica e cultural do
Estado, especialmente pela habitualidade do consumo e produção. A modernização
e definição das condições de fiscalização são imperiosas para dar segurança
jurídica aos investidores do setor, notabilizada pela dificuldade em apurar a
produção clandestina e sem os devidos padrões de higiene”, justifica Hermano.
Hermano
é autor de projeto que regulamenta a atividade, que atualmente enfrenta
dificuldades pelas condições de produção, o que leva a fiscalização
agropecuária a, frequentemente, embargar as atividades. Preocupa produtores
porque a cadeia do leite, matéria-prima do produto é uma das únicas que ainda
resistem aos efeitos da estiagem no Rio Grande do Norte.
“O
produtor está ameaçado pela fiscalização. O esforço da produção para fazer esse
queijo chegar às maiores cidades se esvai todo com a série de exigências
feitas. Precisamos modernizar esse processo com ações. A lei seria um
princípio, um marco, mas é preciso mais”, reclamou o representante da Federação
das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Dalton Cunha Filho.
Só
no Seridó, uma das principais regiões produtoras do Estado, há 318 queijeiras.
Para o prefeito de uma das principais cidades da região, Robson de Araújo, o
Batata, chefe do Executivo de Caicó, a discussão precisa avançar.
“Sabemos
da boa intenção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em trazer esse
assunto à tona, mas pedimos também mais celeridade porque os produtores
precisam de segurança jurídica”, pediu o prefeito.
O
deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB) destacou que essa segurança é
justamente o que falta para parcerias. Ele citou o exemplo de investidores
internacionais com quem esteve recentemente. Segundo seu relato, italianos têm
a intenção de parcerias com produtores do Rio Grande do Norte, mas é preciso,
destacou, a segurança jurídica que os produtores potiguares hoje não têm. http://blogdofsilva.com.br/
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